Difícil entender o que é mais difícil: terminar ou aceitar que não existe mais nada. Chega um momento em que não existe mais razão, não existe mais sentido, mas ainda assim existe um coração.
Talvez seja puro egoísmo não querer aceitar que as coisas não são mais como antes. Mas o fato é que é normal do Ser Humano se apegar aos bons momentos. Egoísmo não querer pensar num futuro sem o parceiro, entretanto acredito ser mais egoísmo não querer pensar que o outro merece ser feliz e procurar sua felicidade.
De certa forma é difícil desapegar de toda uma história, desfazer de um sentimento que um dia foi mútuo e muito forte. Difícil pensar no futuro, no que fazer, nos finais de semana, nos filmes no sofá da sala. Difícil esquecer os invernos a dois, nas experiências gastronômicas, nas piadinhas, nas dancinhas e nos silêncios extremamente produtivos de mentes vazias.
Difícil entender também porque não entendemos que também temos o direito de viver novas histórias, novas experiências, conhecer novas pessoas. A verdade é que nos acostumamos em relacionamentos longos e a ideia de começar do zero, descobrir os gostos e defeitos do outro e desmistificar a ideia de como lidar com um novo ser dentro de um novo relacionamento, de certa forma nos congela um pouco, ou muito a depender da pessoa.
A verdade é que sempre é válido refletir se realmente não vale a pena tentar mais uma vez, dar uma nova chance, discutir os problemas ou então de forma mais radical decidir que cada um deva seguir seu caminho possa ser a melhor alternativa.
Entre Palavras Um s2, escrito em 16/05/2013
Imagem: Google
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