segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A responsabilidade tomada pela certeza do individualismo

Há exatos três anos escrevi sobre a responsabilidade ao se fazer uma escolha. E mesmo acreditando que podemos mudar de ideias e pontos de vista, hoje volto a refletir os mesmos pontos e chego a conclusão que minhas ideias são ainda as mesmas.
Ainda acredito na responsabilidade ao se tomar uma decisão, pois independente da decisão a ser tomada envolvem diversas pessoas. Acredite, até sua tia idosa de quinto grau será afetada por suas escolhas. E isso se aplica aos mais diversos temas, como: violência, educação, família, economia e acima de tudo quando o assunto envolve relacionamentos.
Hoje gostaria de falar sobre as decisões em relacionamentos quando uma das partes resolvem tomar decisões achando ter certeza pela outra parte. Exemplo (usando nomes fictícios) João e Eduarda estão em um relacionamento de anos até que João conhece Laura e com ela resolve cometer o temível adultério. João resolve então terminar com Eduarda diante da traição. Mas como saber que essa decisão foi realmente acertada? Como saber que o sentimento talvez não fosse maior e que talvez a traição não pudesse ser perdoada pela Eduarda? Mas João tinha a "certeza" de que seria melhor para Eduarda e que apesar de todo sofrimento que a situação poderia ser superada. Eduarda sofre com o término, não aceita a decisão e mesmo depois de muitos anos ainda sente ao lembrar da decisão tomada individualmente na relação do passado.
Não quero dizer que todos devem ficar presos aos seus relacionamentos e nem contestar a traição do rapaz. Mas gostaria de propor a reflexão de que no momento que João decide trair Eduarda, uma série de consequências surgem. João coloca sua relação a prova, provoca sofrimento para Eduarda e para si mesmo, e talvez faz criar falsas expectativas em Laura, sem contar em ambas famílias, cachorros e papagaios e tia-avós de quinto grau que sempre vão perguntar pelo ex-parceiro na reuniões familiares. Entende?
Ainda acho que tudo deve ser refletido e que nossa felicidade deve prevalecer sobre cada decisão. Pode ser que mesmo separados João e Eduarda continuem se gostando por anos a fora. Mas foi a decisão de João que achava ter certeza sobre o que seria bom para os dois que colocou tudo a perder. E pode também ser que o orgulho ao achar que sempre esteve certo, que vai fazer os dois perderem tempo separados, desperdiçando tempo na procura da felicidade.
Pense nisso...


Entre Palavras um s2, escrito 09/05/2013

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